You are using an outdated browser that is not supported by GeoNode.

Projeto Zoneamento Pedoclimático da área de influência do canal das vertentes litorâneas da Paraíba (Zon-PB)
Acordo de cooperação técnica
Embrapa Solos UEP Recife / SEDAP-PB
Cód 25100.16/0122-0

NOTA TÉCNICA

POTENCIAL PEDOLÓGICO DA ÁREA DE INFLUÊNCIA DO CANAL DAS VERTENTES LITORÂNEAS DA PARAÍBA PARA CULTURAS AGRÍCOLAS

Flávio Adriano Marques1; José Carlos Pereira dos Santos1; André Julio do Amaral1; José Coelho de Araújo Filho1; Luís de França da Silva Neto1. flavio.marques@embrapa.br; Solo no espaço e no tempo, 1Embrapa Solos UEP Recife.

Palavras-chaves: aptidão agrícola, solos da Paraíba, Canal Acauã-Araçagi.

O planejamento rural é necessário para ordenar a ocupação das terras, aumentar a produtividade agrícola e prevenir danos ambientais. Diante disto, esse trabalho tem como objetivo estabelecer o potencial pedológico para cinco culturas agrícolas (abacaxi, cana-de-açúcar, mandioca, milho e sorgo); em dois níveis de manejo do solo e das lavouras (manejo B – média tecnologia e manejo C – alta tecnologia) numa extensão de 5.144 km2 – área de influência do canal das vertentes litorâneas da Paraíba (Canal Acauã-Araçagi). As 224 unidades de mapeamento (UMs) do Levantamento de Solos (escala 1:50.000) constituem as unidades básicas de avaliação e foram ordenadas em cinco classes de potencial: muito alto, alto, médio, baixo e muito baixo. Esses potenciais referem-se, exclusivamente, aos atributos do solo e do ambiente – sem considerar o uso da irrigação (condição de sequeiro), e estão relacionados à composição das UMs em termos de proporção de ocorrência de solos com aptidão boa e, ou, regular. O potencial muito alto representa as UMs mais favoráveis ao pleno desenvolvimento da cultura agrícola; enquanto o potencial muito baixo indica ambientes com fortes limitações para cultivo em escala comercial. De modo geral, não foram reconhecidas áreas com potencial muito alto para as culturas de mandioca e de milho no nível de manejo que emprega média tecnologia. Para as demais culturas (abacaxi, cana-de-açúcar e sorgo) as UMs com esse potencial e emprego modesto de tecnologia constituem < 2% da área. Por outro lado, ambientes com esse potencial com o emprego de alta tecnologia variam de 7% a 11% da área de estudo, com destaque para as culturas de abacaxi e cana-de-açúcar, com mais de 50.000 hectares aptos para cultivo. As terras com potencial alto no manejo B para as culturas agrícolas, representam 7% a 17% da área de estudo, com destaque para cana-de-açúcar e mandioca. Nessas áreas são encontrados Argissolos e Latossolos Amarelos e Vermelho-Amarelos sob relevo plano a suave ondulado do geoambiente dos Tabuleiros Costeiros; e Argissolos Vermelhos das superfícies avermelhadas da região de Sertãozinho. No manejo C, as áreas com potencial alto para cultivo de abacaxi, mandioca, milho e sorgo representam, isoladamente, mais de 18% das terras mapeadas (> 900 km2). As UMs com potencial médio compreendem 21% a 52% da área do zoneamento no manejo B. A soma das áreas com potenciais baixo e muito baixo varia de 39% a 62% das terras avaliadas no manejo B; e de 50% a 63% no manejo C. Essas áreas estão relacionadas à ocorrência de UMs compostas, principalmente, por solos rasos, pedregosos e sob relevo acidentado ou com drenagem deficiente. Nos ambientes com potencial muito baixo para essas cinco culturas agrícolas, outras culturas ou até mesmo outros usos e atividades econômicas devem ser consideradas pelo poder público.

A escala original das bases cartográficas do potencial pedológico é 1:50.000, porém para facilitar a visualização do seu conteúdo e layout do mapa é apresentada na escala 1:120.000.