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Arquivo vetorial (polígonos) referente ao uso e cobertura atual das terras na área de influência do canal das vertentes litorâneas da Paraíba, elaborado a partir de sensoriamento de remoto de imagens de satélite RapidEye (5m resol. espacial), empregando metodologia de interpretação visual de 5 bandas espectrais (RGB, Red Edge e Infravermelho próximo).

Projeto (Cód. 22.17.00.004.00.00) - Zoneamento do potencial pedoclimático na área de influência do canal das vertentes litorâneas no Estado da Paraíba para culturas agrícolas.

NOTA TÉCNICA

USO E COBERTURA DE TERRAS DA ÁREA DE INFLUÊNCIA DO CANAL DAS VERTENTES LITORÂNEAS DA PARAÍBA PARA CULTURAS AGRÍCOLAS

Daniel Chaves Webber¹; Luciano José de Oliveira Accioly1
1Embrapa Solos / UEP Recife

Palavras-Chaves: Sensoriamento remoto, Paraíba, Imagem de satélite, Interpretação visual.

A área de Influência do Canal das Vertentes Litorâneas do Estado da Paraíba, denominado localmente de Canal Acauã-Araçagi, possui 5.144 km² e abrange 33 municípios localizados na Zona da Mata e Agreste paraibanos. O uso e cobertura de terras desta área é o objetivo deste estudo, visando atender a função de "marco referencial" para as futuras atividades que serão realizadas, bem como orientar serviços de monitoramento ambiental que porventura sejam necessários.
A partir de imagens do satélite RapidEye de alta resolução (5 metros) foi realizado um mosaico referente aos anos de 2012 a 2015, visando identificar a atual condição da atividade antrópica e dos recursos naturais. Devido a descontinuidade temporal de cenas do satélite, optou-se pela interpretação visual das imagens, em geral, utilizando as premissas de Veloso (1991), com base na seguinte composição colorida (falsa cor): R (red) = banda 5 (infravermelho próximo, 760-880 nm), G (green) = banda 3 (vermelho, 630-690 nm), B (blue) = banda 2 (verde, 520-590 nm). Polígonos digitalizados manualmente em SIG, a partir das imagens RapiEye, foram classificados em 15 classes de uso e cobertura, tendo suas topologias corrigidas.
Para a etapa de validação, foram seguidas as orientações de Congalton (1991), sendo coletados 2.605 pontos amostrais durante os meses de agosto de 2018, abril e maio de 2019 e abrangendo todas as classes, exceto solo exposto e afloramento rochoso. Estes pontos foram superpostos à imagem classificada, gerando uma matriz de erro, bem como análise mediante a exatidão global, índice Kappa, erros absolutos de omissão e comissão, percentual de risco e de confiança.
Os resultados da classificação demonstraram que o uso das terras para pastagens (em áreas secas), caatinga, cana de açúcar e/ou pastagens e mata foram preponderantes totalizando respectivamente 222.686,13 ha (43%), 107.223,3 ha (20,8%), 70.474,78 ha (13,7%) e 66.490,9 ha (12,9%). Os 10% restantes dividiram-se, nesta ordem, nas classes: agricultura, área urbana, massa d´água, capoeira, floresta úmida, restinga, agricultura irrigada, afloramento rochoso, mangue, dunas, solo exposto e piscicultura.

Sistema de coordenadas geográficas
DATUM WGS84